Alex Sirqueira volta com o projeto Minicientistas
O segundo reitor na história da extinta UEZO – Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste -, incorporada em 2022 pela Uerj, engenheiro químico Alex da Silva Sirqueira, foi vitorioso ao concorrer em um edital da Faperj disputado um pouco antes da pandemia de 2020, e deu luz a uma questão que indica a falta de incentivo ao conhecimento científico já nos primeiros anos da educação básica.
Seu projeto, denominado Minicientistas, no âmbito do Programa Apoio à Difusão e Popularização da Ciência e Tecnologia da Uezo, voltou à cena após a crise sanitária e promete decolar nesse ano que se inicia, dando às crianças e jovens da região a oportunidade de descobrir suas vocações científicas no início da vida escolar.
A primeira visitação foi realizada pouco antes da pandemia, em 2020, quando foram organizadas atividades em dois dias diferentes, um para crianças de cinco a nove anos e outro para estudantes de 10 a 14 anos, do Colégio Estadual Sarah Kubitscheck.
Na oportunidade, o coordenador do projeto, Alex Sirqueira, classificou como experimentos simples, mas fundamentais para despertar corações e mentes para as carreiras científicas, de forma lúdica.
“As crianças conheceram o biotério, esqueletos, estudaram a anatomia do corpo humano, foram ao laboratório de Biotecnologia, analisaram placas de cultura celular e no Laboratório de Física presenciaram um experimento com o gerador de Van der Graff, que levanta o cabelo devido à carga elétrica estática, além de experimentos de óptica, com estudos da luz para a formação da imagem. No laboratório de Química foi demonstrado um indicador do pH utilizando como elementos repolho, água sanitária e vinagre”, detalhou Sirqueira.
O objetivo da iniciativa é abrir as portas da Uezo para crianças e jovens, oferecendo a eles o primeiro contato com o universo científico e acadêmico. “As crianças nos ensinos infantil e fundamental não são, em geral, estimuladas para a prática científica. A maioria só consegue ter alguma atividade laboratorial de Química e Física quando chega ao ensino médio. Essa deficiência na formação escolar ajuda a explicar a baixa demanda no vestibular para as áreas Exatas e Tecnológicas aqui na Zona Oeste também”, justificou.
Para ajudar a transformar essa realidade, ao longo de 2023 acontecerão visitações estudantis regulares a diversos laboratórios da Uezo, pertencentes a duas faculdades: a Faculdade de Ciências Exatas e Engenharia e a Faculdade de Ciências Biológicas.
A partir do mês de março o coordenador do projeto Alex Sirqueira vai reunir a equipe e planejar as novas ações que deverão acontecer por seguimentos específicos, diferentes da primeira que abordou várias ciências.